PROFESSORA, VOCÊ É MACHISTA?
Professora Josete: “ainda não rompemos a cultura machista”
Na quinta e última entrevista da série sobre como as vereadoras de Curitiba veem o papel da mulher na política, Professora Josete (PT) atribui à cultura machista ainda impregnada na sociedade o motivo pelo qual temos poucas mulheres ocupando cargos eletivos. “Historicamente, o papel do homem é o do poder e o espaço da mulher é o doméstico. Nós ainda não conseguimos romper esta cultura”.
Para a parlamentar, este pensamento reflete em como os partidos políticos enxergam as mulheres no processo eleitoral e no comportamento da própria mulher nas urnas. “As mulheres votam há muito pouco tempo: desde 1932. E nesta cultura, elas ainda votam nos homens”. Em sua opinião, o cenário pode mudar, mas somente a médio e longo prazo e se as mulheres que ocupam os espaços de poder começarem a se mobilizar e protagonizar a discussão.
Câmara Municipal de Curitiba: Mais da metade do eleitorado brasileiro é feminino, mas nas eleições gerais de 2014 apenas 28,9% dos 22,3 mil candidatos eram mulheres. No pleito de 2012, apenas cinco vereadoras foram eleitas (de um total de 198 mulheres que concorreram ao cargo). Como a vereadora avalia a situação? Por que a mulher não participa tanto da política quanto se espera?
Professora Josete: Isto é reflexo de uma cultura que nós temos. Apesar de termos avançado em vários aspectos (com mulheres ocupando cargos importantes, como executivas, parlamentares, governadoras), a dificuldade da participação na política ainda é muito grande. E há ainda, por parte da própria mulher, o preconceito. Porque historicamente, o papel do homem é o do poder, da chefia, de estar à frente das coisas. E o espaço da mulher é o doméstico, do cuidado dos filhos, do marido. Nós ainda não conseguimos romper esta cultura. Esta cultura ainda impede a participação da mulher, desvaloriza a sua presença na política. Nas eleições, temos a garantia dos 30% das vagas para as mulheres, mas não das cadeiras.
CMC: Mas esta cota não deveria influenciar positivamente na questão?
PJ: Você tem que ter candidatas, mas se vão ser eleitas, é outra coisa. Por isso que, se não se alcança nem os 30% de candidatas, na hora de eleger, se elege menos ainda: 10%, 8% de mulheres, em relação ao total de eleitos. Por mais que se crie cotas, se não der condição para a mulher participar da política, ela não vai participar.
CMC: A mulher exerce a função política melhor do que o homem?
PJ: Não necessariamente. Porque ela reproduz uma cultura que é da sociedade, uma cultura machista. Acho que a mulher tem um olhar diferenciado pela história cultural e é por isto que temos, em várias áreas, a concentração de mulheres. Áreas que estão relacionadas ao cuidado, como a enfermagem, assistência social, educação. Temos profissões que, historicamente, foram construídas com este perfil e são desvalorizadas por conta da questão cultural. Isto dificulta, e muito, a participação das mulheres na política. Isto vai refletir no momento da eleição. E dentro dos partidos você também não tem incentivo para as candidaturas femininas. Os partidos querem apenas cumprir a cota.
CMC: Os partidos consideram que o papel da mulher na política é secundário? Eles não pensam na mulher como uma legítima representante no poder?
PJ: Exatamente. Dentro dos partidos não existe esta ideia. O papel da mulher é figurativo. É porque a lei obriga. Conquistar a cota não significa que você terá participação efetiva. Os partidos não investem nas candidaturas femininas. O financiamento é priorizado para os homens. “Esta [mulher] é para cumprir cota, não vai se eleger, então não vamos gastar dinheiro.” É uma questão cultural. Apesar de já termos avançado muito, nós temos que fazer uma revolução. As mulheres podem ocupar cargos no poder, mas temos que romper esta cultura.
CMC: Como conseguir esta ruptura? Como fazer com que as pessoas acreditem no potencial da mulher na política e votem nela?
PJ: Fazendo esta discussão. Temos os movimentos de mulheres, que têm este papel na sociedade. Já as mulheres que ocupam espaços de poder, podem levar este debate para os espaços que elas ocupam.
CMC: Há quem defenda que a cota feminina nas cadeiras das casas legislativas poderá garantir a presença de mais mulheres na política. A vereadora concorda?
PJ: Plenamente. Existem países da África onde já existe a cota das cadeiras, que inclusive é de 50%. As cadeiras estão garantidas. Claro que é preciso garantir com formação. Acho que nem temos que cobrar 30%, mas 50% de cadeiras. Por isto, na reforma política temos que pautar isto. Voto em lista, alternado, com 50% de vagas para mulheres. Mas a cota pela cota não resolve, ela ajuda.
CMC: Por que não resolve?
PJ: A nossa democracia ainda é embrionária. As mulheres votam há muito pouco tempo: desde 1932. E nesta cultura, elas ainda votam nos homens. Vamos pensar no que os vereadores, na prática, pensam sobre o papel da mulher vereadora: é a aquela que é quieta, não se manifesta, deve vir bem vestida (não que digam isto, fica subliminarmente colocado), mais feminina, elegante. “A mulher deve concordar conosco. Aquela que se coloca é feminista”.
CMC: A vereadora confirma que há o preconceito dentro da própria Câmara. Ele existe apenas por parte dos vereadores?
PJ: Dos vereadores e dos servidores da Casa também. Porque é a cultura da sociedade, a Câmara é um reflexo da sociedade. É difícil [passar por situações preconceituosas], eu já ouvi comentários machistas. Para a mulher ter uma atitude mais firme, ou ela é lésbica, ou é mal-amada ou malcasada. Mas a gente vai ficando calejada com o tempo.
CMC: A vereadora tem perspectivas sobre o crescimento da participação da mulher na política?
PJ: É um caminho a se percorrer a médio, longo prazo. Não vejo mudança a curto prazo. Como eu disse antes, trata-se de uma questão cultural, que a gente precisa romper. Por exemplo, na escola tenho 98% de mulheres, mas se tiver um homem e tivermos eleição para a direção, pode ter certeza que ele vai ser o candidato e vai se eleger. Porque mesmo entre as mulheres, o pensamento é de que quem deve estar à frente é o homem. Este pensamento está mudando, está. Já existem casais, por exemplo, que dividem as tarefas domésticas. Mas ainda é muito comum se cobrar da mulher o papel do cuidado. Para mulher, isto ainda é uma obrigação. As mulheres que ocupam hoje os espaços públicos, de poder, têm que fazer este debate, têm que mobilizar. As mulheres que já tiveram a oportunidade de fazer esta discussão, de ter esta clareza de ideias, têm que ser protagonistas desta discussão. É preciso romper o preconceito e só vamos conseguir isto com discussão.
*Eleita em 2012 com 9.208 votos, Professora Josete está em seu quarto mandato como vereadora. Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especializada em Organização do Trabalho Pedagógico, a parlamentar iniciou sua carreira no magistério em 1985. Sua atuação no Legislativo é pautada em diversas áreas, como educação, saúde pública, fiscalização, orçamento público e serviço público municipal, com ênfase nos assuntos relacionados aos servidores (informações da assessoria parlamentar).
Por Pedritta Marihá Garcia – Jornalista da Diretoria de Comunicação da Câmara Municipal de Curitiba.
Para a parlamentar, este pensamento reflete em como os partidos políticos enxergam as mulheres no processo eleitoral e no comportamento da própria mulher nas urnas. “As mulheres votam há muito pouco tempo: desde 1932. E nesta cultura, elas ainda votam nos homens”. Em sua opinião, o cenário pode mudar, mas somente a médio e longo prazo e se as mulheres que ocupam os espaços de poder começarem a se mobilizar e protagonizar a discussão.
Câmara Municipal de Curitiba: Mais da metade do eleitorado brasileiro é feminino, mas nas eleições gerais de 2014 apenas 28,9% dos 22,3 mil candidatos eram mulheres. No pleito de 2012, apenas cinco vereadoras foram eleitas (de um total de 198 mulheres que concorreram ao cargo). Como a vereadora avalia a situação? Por que a mulher não participa tanto da política quanto se espera?
Professora Josete: Isto é reflexo de uma cultura que nós temos. Apesar de termos avançado em vários aspectos (com mulheres ocupando cargos importantes, como executivas, parlamentares, governadoras), a dificuldade da participação na política ainda é muito grande. E há ainda, por parte da própria mulher, o preconceito. Porque historicamente, o papel do homem é o do poder, da chefia, de estar à frente das coisas. E o espaço da mulher é o doméstico, do cuidado dos filhos, do marido. Nós ainda não conseguimos romper esta cultura. Esta cultura ainda impede a participação da mulher, desvaloriza a sua presença na política. Nas eleições, temos a garantia dos 30% das vagas para as mulheres, mas não das cadeiras.
CMC: Mas esta cota não deveria influenciar positivamente na questão?
PJ: Você tem que ter candidatas, mas se vão ser eleitas, é outra coisa. Por isso que, se não se alcança nem os 30% de candidatas, na hora de eleger, se elege menos ainda: 10%, 8% de mulheres, em relação ao total de eleitos. Por mais que se crie cotas, se não der condição para a mulher participar da política, ela não vai participar.
CMC: A mulher exerce a função política melhor do que o homem?
PJ: Não necessariamente. Porque ela reproduz uma cultura que é da sociedade, uma cultura machista. Acho que a mulher tem um olhar diferenciado pela história cultural e é por isto que temos, em várias áreas, a concentração de mulheres. Áreas que estão relacionadas ao cuidado, como a enfermagem, assistência social, educação. Temos profissões que, historicamente, foram construídas com este perfil e são desvalorizadas por conta da questão cultural. Isto dificulta, e muito, a participação das mulheres na política. Isto vai refletir no momento da eleição. E dentro dos partidos você também não tem incentivo para as candidaturas femininas. Os partidos querem apenas cumprir a cota.
CMC: Os partidos consideram que o papel da mulher na política é secundário? Eles não pensam na mulher como uma legítima representante no poder?
PJ: Exatamente. Dentro dos partidos não existe esta ideia. O papel da mulher é figurativo. É porque a lei obriga. Conquistar a cota não significa que você terá participação efetiva. Os partidos não investem nas candidaturas femininas. O financiamento é priorizado para os homens. “Esta [mulher] é para cumprir cota, não vai se eleger, então não vamos gastar dinheiro.” É uma questão cultural. Apesar de já termos avançado muito, nós temos que fazer uma revolução. As mulheres podem ocupar cargos no poder, mas temos que romper esta cultura.
CMC: Como conseguir esta ruptura? Como fazer com que as pessoas acreditem no potencial da mulher na política e votem nela?
PJ: Fazendo esta discussão. Temos os movimentos de mulheres, que têm este papel na sociedade. Já as mulheres que ocupam espaços de poder, podem levar este debate para os espaços que elas ocupam.
CMC: Há quem defenda que a cota feminina nas cadeiras das casas legislativas poderá garantir a presença de mais mulheres na política. A vereadora concorda?
PJ: Plenamente. Existem países da África onde já existe a cota das cadeiras, que inclusive é de 50%. As cadeiras estão garantidas. Claro que é preciso garantir com formação. Acho que nem temos que cobrar 30%, mas 50% de cadeiras. Por isto, na reforma política temos que pautar isto. Voto em lista, alternado, com 50% de vagas para mulheres. Mas a cota pela cota não resolve, ela ajuda.
CMC: Por que não resolve?
PJ: A nossa democracia ainda é embrionária. As mulheres votam há muito pouco tempo: desde 1932. E nesta cultura, elas ainda votam nos homens. Vamos pensar no que os vereadores, na prática, pensam sobre o papel da mulher vereadora: é a aquela que é quieta, não se manifesta, deve vir bem vestida (não que digam isto, fica subliminarmente colocado), mais feminina, elegante. “A mulher deve concordar conosco. Aquela que se coloca é feminista”.
CMC: A vereadora confirma que há o preconceito dentro da própria Câmara. Ele existe apenas por parte dos vereadores?
PJ: Dos vereadores e dos servidores da Casa também. Porque é a cultura da sociedade, a Câmara é um reflexo da sociedade. É difícil [passar por situações preconceituosas], eu já ouvi comentários machistas. Para a mulher ter uma atitude mais firme, ou ela é lésbica, ou é mal-amada ou malcasada. Mas a gente vai ficando calejada com o tempo.
CMC: A vereadora tem perspectivas sobre o crescimento da participação da mulher na política?
PJ: É um caminho a se percorrer a médio, longo prazo. Não vejo mudança a curto prazo. Como eu disse antes, trata-se de uma questão cultural, que a gente precisa romper. Por exemplo, na escola tenho 98% de mulheres, mas se tiver um homem e tivermos eleição para a direção, pode ter certeza que ele vai ser o candidato e vai se eleger. Porque mesmo entre as mulheres, o pensamento é de que quem deve estar à frente é o homem. Este pensamento está mudando, está. Já existem casais, por exemplo, que dividem as tarefas domésticas. Mas ainda é muito comum se cobrar da mulher o papel do cuidado. Para mulher, isto ainda é uma obrigação. As mulheres que ocupam hoje os espaços públicos, de poder, têm que fazer este debate, têm que mobilizar. As mulheres que já tiveram a oportunidade de fazer esta discussão, de ter esta clareza de ideias, têm que ser protagonistas desta discussão. É preciso romper o preconceito e só vamos conseguir isto com discussão.
*Eleita em 2012 com 9.208 votos, Professora Josete está em seu quarto mandato como vereadora. Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especializada em Organização do Trabalho Pedagógico, a parlamentar iniciou sua carreira no magistério em 1985. Sua atuação no Legislativo é pautada em diversas áreas, como educação, saúde pública, fiscalização, orçamento público e serviço público municipal, com ênfase nos assuntos relacionados aos servidores (informações da assessoria parlamentar).
Por Pedritta Marihá Garcia – Jornalista da Diretoria de Comunicação da Câmara Municipal de Curitiba.
Professora usa contos de fadas para discutir machismo em sala de aula com as crianças
Publicado: Atualizado:
Quem disse que toda princesa precisa de um príncipe?
Quem disse que a princesa pode ser beijada enquanto dorme?
Quem disse que o amor verdadeiro só existe entre um príncipe e uma princesa?
Quem disse que apenas o príncipe pode salvar a princesa?
Quem disse que a princesa pode ser beijada enquanto dorme?
Quem disse que o amor verdadeiro só existe entre um príncipe e uma princesa?
Quem disse que apenas o príncipe pode salvar a princesa?
Pensando em apresentar diferentes versões de uma mesma história para seus alunos, uma professora de Uruguaiana (RS), que prefere não se identificar, desenvolveu um projeto especial para discutir questões sociais em sala de aula comoabuso sexual, relações afetivas e machismo com seus alunos do ensino fundamental.
Durante uma de suas aulas, Sandra P. leu A Bela Adormecida. Em outro dia, uma de suas turmas assistiu ao filme Malévola, da Disney, que mostra uma versão diferente do conto de fadas. A professora então comparou as duas histórias e um dos alunos, de forma surpreendente, levantou a questão do beijo que acorda a princesa. No filme, ele é dado pela fada madrinha, enquanto no conto de fadas, pelo príncipe.
"Com o final surpreendente dos filmes tive a ideia de problematizar essas questões em sala com os alunos, e as discussões deram muito certo. Eles questionaram, debateram sobre o tema. Sempre busco com que meus alunos problematizem o que estão vendo e/ou lendo", contou Sandra em entrevista ao Brasil Post.
'Será que o amor da mãe da princesa também não era verdadeiro, tinha que ser só o príncipe?' e 'por que só os homens podem salvar as mulheres?', foram perguntas levantadas por alguns dos alunos. O trabalho feito em sala de aula acabou caindo nas redes sociais no começo deste ano e teve quase 13 mil compartilhamentos:
À época, o Brasil Post tentou falar com a professora mas, por causa de alguns comentários ofensivos que recebeu nas redes sociais, Sandra decidiu não falar sobre o assunto durante um tempo. Mas hoje, satisfeita com a repercussão, ela conta que "aceitou divulgar o trabalho para que educadores pudessem usar a ideia e desenvolver esse tipo de trabalho com os alunos em outras escolas".
A ideia de usar os contos de fada para discutir assuntos mais sérios surgiu ano passado. "Também trabalhei com um conto em que os príncipes eram gays, para discutir sobre a homofobia que, atualmente, também é um grande problema social", conta. Tanto que o projeto foi batizado de“Um outro olhar para os contos de fada” e foi apoiada pela escola em que trabalha.
"Eu acredito que a formação de uma sociedade mais justa começa dentro da sala de aula e com as crianças desde pequenas. Os professores devem se questionar sempre: que tipo de cidadão eu estou formando?", apontou a docente gaúcha.
Femininja
Para trabalhar também a questão de gênero, Sandra usou como exemplo o filme "Frozen" (cartaz acima) e fez um paralelo também com a história de Malévola. Em ambas, fica explícito que o amor verdadeiro nem sempre está em um homem, como muitos dos contos de fadas ensinam, mas em qualquer outra pessoa, independente do gênero.
"Não adianta eu fechar a porta da minha sala de aula e construir um universo lá dentro enquanto aqui fora existe um cheio de problemas sociais graves. Nós, educadores, não podemos ignorar a realidade dos fatos, mas sim, encarar e buscar sempre a melhor forma de mudar essa situação", incentiva Sandra.
Por causa da repercussão de seu trabalho, Sandra foi chamada nas redes sociais de "femininja" - por ser uma das mulheres que luta à favor do feminismo e por uma sociedade mais justa e igualitária. Ela concorda: "Eu não aceito e não me sinto inserida nesse modelo de sociedade patriarcal. E eu luto todos os dias pra mudar um pouco dessa situação, sei que é um 'trabalho de formiguinha', mas somos muitas e somos fortes."
Professora da UFSC lança ‘Dicionário Machista’ na segunda-feira
A professora Salma Ferraz, do Núcleo de Estudos de Teologia e Literatura (Nutel), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lança na próxima segunda-feira, 16 de setembro, o Dicionário Machista: Três mil anos de frases cretinas contra as mulheres. O evento será realizado às 10h30min, na Sala Machado de Assis, 407, 4º andar, Bloco B, Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC.
Outras informações pelo e-mail
Disponível em: https://www.cmc.pr.gov.br/ass_det.php?not=24351; http://noticias.ufsc.br/2013/09/professora-da-ufsc-lanca-dicionario-machista-na-segunda-feira/; http://www.brasilpost.com.br/2015/04/10/professora-direitos-humanos_n_6958886.html. Acesso em: 06/05/2015.
Imagem disponível em: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/01/10/mulheres-tambem-sao-responsaveis-pela-perpetuacao-do-machismo.htm. Acesso em: 06/05/2015.
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