terça-feira, 30 de junho de 2020

BIBLIOTECA: O CORAÇÃO DA ESCOLA


Para formar bons leitores, o livro tem que ser uma presença constante na vida da criança. Por isso, no Alfaletrar, as bibliotecas das escolas são consideradas “o coração do projeto”. Elas garantem aos alunos a oportunidade de estar em contato com textos de qualidade e de autores reconhecidos. Além destes, também é importante que o acervo disponha de revistas, jornais, gibis, CDs, folhetos de gêneros diferentes, jogos, fantoches etc.
No início do projeto, nem sequer havia biblioteca nas escolas de Lagoa Santa. Por essa razão, implantá-las em todas as escolas e formar um bom acervo foi uma das primeiras ações do Alfaletrar no município. O Núcleo de Alfabetização e Letramento teve papel fundamental nesse processo, pois promoveu intensa troca de ideias, em que cada escola refletiu sobre a melhor forma de organizar sua biblioteca. As professoras fizeram painéis com bolsões para expor os livros, confeccionaram as almofadas, discutiram sobre como arranjar o espaço e decidiram quais seriam as regras de funcionamento e a política de empréstimo dos livros.
Aos poucos as bibliotecas foram se tornando um ambiente vivo e promotor de diversas atividades que contribuem para a formação de bons leitores. As professoras, juntamente com os alunos, divulgam os livros novos, desenvolvem a hora do conto, realizam sarau de poemas e jograis, fazem leituras dramatizadas etc.
No Alfaletrar é sempre um(a) professor(a) que está à frente da biblioteca. Seu perfil é o de alguém que conhece bem o acervo e gosta muito de literatura. Assim, por meio das atividades que desenvolvem, consegue levar as crianças a também amarem os livros. O(a) professor(a), envolvendo os alunos, também organiza os livros da biblioteca ou do Cantinho de Leitura por meio de etiquetas para os diferentes gêneros textuais.
Veja a seguir uma sugestão de como organizar a escola:

SUGESTÃO DE COMO ORGANIZAR OS LIVROS NA BIBLIOTECA DA ESCOLA:

Disponível em: http://alfaletrar.org.br/aprendizagem-inicial-da-escrita. Acesso em: 30 jun 2020.

sábado, 13 de junho de 2020

PROJETO DEMANDAS ESCOLARES E ARTELUDOTERAPIA:

atendimento em grupo a alunos/as da Rede Estadual de ensino voltado para os processos de ensino e aprendizagem


OBJETIVO: Atender a um grupo de crianças semanalmente com o foco em suas necessidades de aprendizagem específicas, levando em consideração possíveis comorbidades (deficiências, síndromes, TDAH, autismo) e outras questões relacionais, familiares, escolares e sociais que possam interferir em sua eventual dificuldade para aprender a ler, escrever, contar, somar ou subtrair, com o foco na ludicidade e na arteterapia, com intervenções atrativas e interessantes, que motivem esses alunos/as e que os façam desejar aprender, por meio de histórias, livros, teatro, jogos, etc.

IMPACTO NA COMUNIDADE: O Projeto é realizado em parceria com uma Escola Estadual de Ubá, onde já realizo outras atividades. Essa, especialmente, partiu de uma demanda da escola (daí o nome do Projeto – “Demandas Escolares”) de crianças que tinham dificuldades em aprender. Então, a diretora, juntamente com as professoras do Ensino Fundamental I, selecionaram as crianças (8, mais especificamente) que não conseguiam aprender por algum motivo não identificado (a maioria delas possuía um “laudo” ou “diagnóstico”, embora algumas já tivessem passado por várias avaliações médicas, psicológicas e psicopedagógicas). Decidimos, então, encarar esse trabalho na perspectiva de investir em um trabalho diferenciado daquele que comumente a escola oferece, apostando nas atividades lúdicas e artísticas; lembrando sempre das diferenças individuais dos/as alunos/as atendidos/as e também de faixa etária e ano escolar que frequentavam. Desse modo, muitas vezes, apresentávamos atividades diferenciadas, de acordo com o seu nível de aprendizagem em alfabetização. Diante de todos esses desafios, consideramos que o saldo desse trabalho foi muito positivo, já que das 8 crianças que ingressaram no Projeto (contando algumas alterações de alunos/as que saíram e entraram), que antes não conheciam letras e números, 6 saíram alfabetizados, sabendo ler, escrever, contar, fazer soma e subtrações simples, além de aumentarem a autoestima, adquirirem a capacidade de interpretar e recontar histórias, aumentarem o contato com a literatura, as artes, o desenho, a pintura e os conteúdos de história, geografia e ciências. Apenas 2 alunos/as permanecerão no Projeto, que terá continuidade no próximo semestre, com um novo grupo de alunos/as da mesma escola, porque ainda apresentam dificuldades cognitivas significativas. O impacto desse Projeto na Comunidade/Escola foi percebido pela Diretora e professora que acompanhou esses alunos durante o processo, trazendo-os à faculdade, as quais vieram emocionadas prestigiar o “encerramento” dessa turma no Projeto no dia 25/06/2019.