quarta-feira, 26 de agosto de 2015

FLASH PODE CEGAR 
BEBÊS E CRIANÇAS???


RIO - Um bebê de 3 meses de idade, ainda sem nome, perdeu a visão em um olho depois que um amigo da sua família tirou uma foto dele de perto usando flash. Segundo médicos, a criança sofreu danos irreparáveis por causa da luz disparada pela câmera, que estava a apenas 25cm de distância de seu rosto. As informações estão no site do jornal "People´s Daily", da China.

Os pais notaram algo de errado com o bebê logo depois da foto. Em seguida, médicos constataram que ele teve redução parcial de visão no olho esquerdo e perda total no direito.

De acordo com eles, o dano não pode ser corrigido nem mesmo com uma cirurgia, uma vez que o flash danificou células da mácula, uma pequena área na porção central da retina altamente sensível a luzes e responsável pela percepção de detalhes como a distinção de cores. A mácula não está totalmente desenvolvida antes de a pessoa completar 4 anos, o que explica a razão de as crianças ficarem tão incomodadas com luzes fortes.

Danos na mácula podem levar a perda da visão central, impedindo um indivíduo de enxergar coisas que estão bem diante dele. Essa perda é bastante observada em pessoas de idade avançada, devido ao desgate causado pelo tempo.


Médicos explicam que os bebês fecham os olhos rapidamente quando expostos a luz, mas mesmo uma fração de segundo é o bastante para causar danos se a luminosidade for muito forte. Por isso, os pais precisam ter cuidado ao acender a luz do banheiro, por exemplo.

Um bebé de três meses de nacionalidade inglesa ficou cego de um olho depois de um amigo da família se ter esquecido de desligar o flash da máquina fotográfica ao tirar-lhe uma fotografia.

Os médicos revelaram que a criança ficou com danos irreparáveis na vista causados pelo flash da máquina, que foi disparado a uma distância de apenas 25 cm do menino, diz o site Notícias ao Minuto.

A criança ficou com a visão reduzida no olho esquerdo e completamente cego do olho direito. Os danos são permanentes e não são passíveis de serem corrigidos com cirurgia.

A força do flash provocou danos nas células da mácula, pequena área ao centro da retina, e que leva à perda da visão central. Esta parte do olho só se desenvolve na sua totalidade aos quatro anos de idade, o que significa que as crianças são muito sensíveis a luzes fortes.

O caso de um bebê chinês de três meses que teria ficado cego depois que um amigo da família teria feito uma foto com flash a uma distância de 25 centímetros chamou a atenção dos internautas nas redes sociais, nesta terça-feira (28). Entretanto, três especialistas ouvidos pelo UOL afirmaram que isso é "praticamente impossível". Todos acreditam que o mais provável é que a criança já tivesse um problema na visão que acabou sendo descoberto por causa do incidente.
Segundo os oftalmologistas, o flash de uma câmera não tem potencial para causar dano permanente, principalmente por ser muito rápido e ter pouca intensidade. "Para causar um problema tão grave, a intensidade da luz precisaria ser muito alta e o tempo de exposição à ela muito prolongado. O flash de uma câmera dura uma fração de milésimo de segundo e não costuma ser tão intenso. Por isso, não faz sentido levar à cegueira", disse a oftalmologista Denise Fornazari, do Hospital de Clínicas da Unicamp.  
Mesmo para uma criança que tenha nascido prematura, por mais imaturas que as células da retina sejam, a possibilidade de dano permanente por causa do flash é quase nula. "Não há relatos de nenhum caso assim na literatura médica. Não é totalmente impossível, mas é muito improvável. O mais provável é que o bebê já tivesse uma doença que acabou sendo descoberta por causa disso", disse a oftalmologista Josenalva Cassiano, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Entretanto, a especialista ressalta que fotos seguidas com flash não é bom para ninguém, mesmo para os adultos. "Pode ocorrer algum tipo de lesão por causa do tempo de exposição à luz. Muitos flashes seguidos podem causar algum tipo de lesão, mas não irreparável. Mesmo assim, é preciso ter bom senso", avaliou
O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, em Campinas (SP), explica que uma luz muito forte e um pouco mais prolongada, como por exemplo o farol de um carro com luz alta no sentido oposto da estrada, pode causar saturação na retina a ponto de ofuscar a imagem por algum tempo, mas que no adulto, por exemplo, a visão é recuperada em questão de segundos. "No bebê também. Talvez a recuperação demore mais, mas recupera".
Segundo ele, o tempo de exposição ao flash dificilmente causaria problemas em bebês. "Existe mais risco aos olhos do bebê ao deixá-lo exposto diretamente ao sol por um período prolongado do que o flash que leva uma fração de milésimo de segundo", finalizou. 
A vontade quase irresistível de registrar todos os momentos de um recém-nascido pode trazer problemas ao bebê. Foi o caso de uma criança chinesa de 3 meses, que ficou cega de um dos olhos depois que uma fotografia foi tirada a uma distância de 25 centímetros.  A pessoa que fez o registro (um amigo dos pais do bebê) esqueceu que o flash estava ligado, e a família percebeu que alguma coisa estava errada em seu olho logo depois. O outro olho foi danificado parcialmente, e não existe tratamento. A luz da câmera atingiu a mácula, pequena parte do olho que nesta idade ainda está em desenvolvimento.
A oftalmologista Marize Pereira não acredita, no entanto, que o flash foi o único responsável pela cegueira. “Não creio que foi o responsável. Talvez a criança já tenha algum problema”, avalia.  Isso não significa, contudo, que não são necessários cuidados: a exposição contínua e muito próxima ao flash é prejudicial a todos.
“Não é bom que você faça a foto a menos de 30 centímetros”, alerta Marize. Também não é recomendado fazer fotos continuamente. E o flash tem maiores efeitos nas crianças porque sua estrutura ocular ainda está em formação. “A visão está em evolução até os 7 anos”, explica a oftalmologista.
Efeitos negativos do flash.
Um dos efeitos negativos possíveis é a ceratite, uma alteração na córnea, parte externa do olho. Outro é um inchaço na retina, região responsável por transmitir os estímulos luminosos ao cérebro.
Mesmo sem falar, os bebês são capazes de indicar um problema na visão. “As crianças mostram vários sinais. Eles inclinam a cabeça e esfregam no travesseiro, viram de bruços para fugir do reflexo de luz”, relata Marize. Outros sinais são olhos vermelhos ou lacrimejantes, e crianças que passam muito as mãos nos olhos.  A oftalmologista afirma que as maternidades não costumam alertar sobre o perigo do flash. “Deveria ser feito um comunicado aos pais do recém-nascido sobre os riscos”, critica. (AG)
A oftalmologista do Hospital das Clínicas de São Paulo Josenalva Cassiano afirma que não há relatos na literatura médica sobre isso.
“Há uma possibilidade praticamente inexistente de o flash causar lesão temporária – mas não irreversível –, principalmente pelo pouco tempo de exposição a essa luz”, esclarece.
“Existe mais chance de uma exposição duradoura ao sol causar algum problema do que um flash que dura milésimos de segundo”.
Segundo a médica, é muito mais provável que o bebê já tivesse algum problema que acabou sendo descoberto depois desse acontecimento.
Rubens Belfort Neto, oftalmologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que o flash de um celular normal não é suficiente para cegar ninguém.
“Para se ter uma ideia, quando se faz o teste do olhinho na maternidade a luz é super forte e não cega bebê algum”, conta.
“Para acontecer um dano na retina ou no nervo óptico do bebê teria de ser uma luz estupidamente forte, e esse não é o caso de uma luz comum de flash”.
O oftalmologista do Hospital CEMA, Minoru Fuji, diz que aquela mania de olhar o sol durante um eclipse, por exemplo, pode, sim, prejudicar os olhos. É semelhante a uma lupa que, sob o sol, queima um papel.
Flash pode até ajudar
Belfort Neto ensina que o fundo do olho é, naturalmente, vermelho. “Quando a criança está em meia-luz ou no escuro, a pupila se dilata. Ao bater uma foto com flash, a luz é muito rápida, entra no olho, bate na retina – que é vermelha – e volta vermelha”, explica o médico.
“Não dá tempo de a pupila fechar. Logo, na foto aparecem os olhos vermelhos”.
Quando um olho sai vermelho e outro branco, porém, é sinal de alerta, explica o oftalmologista.
“Quando a criança tem um tumor no fundo do olho, o retinoblastoma, ele é branco e cresce em cima da retina, como um tapete. Ao tirar a foto, o olho não sai vermelho, mas branco”, diz.
Pais ou responsáveis que observarem um reflexo assimétrico nos olhos de crianças até sete anos, em média, devem procurar um oftalmologista para uma investigação. Nem sempre um reflexo branco, porém, significa um tumor.
“No fundo do olho também fica o nervo óptico, que também é branco e fica desviado próximo ao nariz. Se ela estiver olhando um pouquinho para a esquerda na hora da foto, a luz pode bater no nervo óptico em um dos olhos e o reflexo voltar branco”, diz.
Por via das dúvidas, ele recomenda, é prudente consultar um oftalmologista para esclarecer.
“É como uma febre. Não significa que ela vai virar algo grave, mas é preciso investigar a causa”.

Disponível em: http://meiobit.com/323224/crianca-fica-cega-por-conta-de-disparo-de-luz-do-flash/; http://saude.ig.com.br/minhasaude/2015-07-30/medicos-esclarecem-e-impossivel-que-flash-tenha-cegado-bebe-chines.html; http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/bebe-fica-parcialmente-cego-apos-amigo-da-familia-fazer-foto-dele-com-flash-16986034; http://bomdia.eu/flash-cega-bebe-de-tres-meses/; http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/07/28/bebe-ficar-cego-com-flash-e-praticamente-impossivel-dizem-medicos.htm; http://www.osul.com.br/flash-de-camera-deixa-bebe-de-tres-meses-cego/. Acesso em: 26/08/2015.
Imagem disponível em: http://www.xalingo.com.br/blog/2015/08/o-flash-da-camera-pode-cegar-o-bebe/. Acesso em: 26/08/2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário