terça-feira, 15 de setembro de 2015

COMO CONVERSAR COM AS CRIANÇAS SOBRE OS DIFERENTES TIPOS DE PARTO



No Brasil, 43% dos partos são cesarianos, o que contraria o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que diz que essa técnica deve abranger apenas 15% dos casos e quando o procedimento natural representa riscos para o bebê ou para a mãe. Contudo, a praticidade de saber o dia e hora do nascimento oferecida pela cesariana, faz com esse seja o método escolhido boa parte dos pais e dos médicos.
Mas a mulher pode optar por outras modalidades de parto na hora de ter o filho: parto de cócoras, na água, natural, entre outros. Apresentamos abaixo algumas formas de parto.
É a forma mais antiga de parto: vaginal e sem procedimentos de intervenção, como anestesia ou episiotomia (incisão no períneo) e indução. A função do profissional de saúde nesse tipo de parto é acompanhar o ritmo dos acontecimentos e a movimentação da mulher, intervindo apenas quando for necessário. Em sua essência, é praticamente igual ao parto normal.
Também conhecido como parto vaginal, essa forma de dar a luz é a tida como convencional. A mulher entra em trabalho de parto e o bebê nasce no tempo correto. Diferente do parto natural, são utilizadas anestesias modernas, como a peridural e a raque, que aliviam as dores, mas permitem que a mãe participe ativamente do processo.
Procedimentos como lavagem intestinal e raspagem dos pêlos pubianos estão cada vez mais sendo deixados de lado, e, apenas quando necessário, é feita a indução (estimulo das contrações com medicamentos ou com o rompimento precoce da bolsa).
Mais conhecida como cesariana, essa forma de parto é cirúrgica e deve ser realizada apenas em casos de emergência, quando o bebê não está na posição adequada para o parto normal ou a mãe sofra de algum problema de saúde (infecção por herpes genital, hipertensão materna mal controlada, pré-eclampsia, diabetes). Contudo, sua prevalência ainda é alta no Brasil, devido à praticidade que oferece aos pais e médicos por ter data e horário pré-definidos para o nascimento.
Como em qualquer cirurgia, o parto cesariano traz riscos durante a operação e no pós-operatório. Geralmente, utiliza-se a anestesia raque ou a peridural, mas, em casos excepcionais, é necessária anestesia geral. A recuperação da mãe nesses casos é mais lenta e mais passível a complicações, além de ser mais dolorida e apresentar maior risco de infecções.
Algumas mulheres optam por ter seus filhos na água, o que é menos traumático para o bebê, que sai de um líquido quente para outro. Realizado em uma banheira com água na temperatura de 37º, a mãe pode ter ajuda de um acompanhante, mas o parto deve ser realizado por profissionais experientes na técnica.
O parto na água morna proporciona um aumento na irrigação sanguínea, diminuição da pressão arterial e relaxamento muscular, diminuindo assim as dores. A água proporciona maior dilatação do colo do útero e maior flexibilidade ao períneo.
Entretanto, esse tipo de parto não é recomendado para prematuros, casos de presença de mecônio, sofrimento fetal, mulheres com sangramento excessivo, diabetes, HIV positivo, Hepatite-B, Herpes Genital ativo e bebês grandes (com 4 kg ou mais) ou que precisem de monitoramento contínuo.
Antigamente utilizado pelas índias, o parto de cócoras tem os mesmos princípios do parto normal, com a vantagem de ser mais rápido. A mãe, em vez de ficar deitada, fica na posição de cócoras. Nesse tipo de parto é necessário um acompanhante para dar suporte com o corpo atrás da mulher.
Por estar na posição horizontal, a gravidade atua intensificando as contrações e facilitando a saída da criança. Essa posição ainda traz outros benefícios para a saúde da mulher, que não sofre compressão de importantes vasos sanguíneos (o que poderia levar ao sofrimento fetal) e a área da pelve é aumentada em até 40%, além da elasticidade do períneo ser menos comprometida. Pesquisa realizada por Janet Balaskas, líder do movimento pelo parto ativo na década de 1980 em Londres, comprovou que mulheres que têm seus filhos por essa forma de parto sofrem menos com depressão pós-parto e têm menos dificuldade de amamentar.
O fórceps é um instrumento semelhante a uma pinça cujas extremidades têm o formato de uma colher. Esse procedimento só é utilizado em casos específicos e nos últimos momentos do parto via vagina (natural, normal, de cócoras ou na água), como forma de poupar a mãe e a criança
Também conhecido como “Nascimento sem Violência”, esse método foi criado pelo médico francês Frédérick Leboyer e introduzido no Brasil na década de 1970. É realizado a pouca luz e no maior silêncio possível. O bebê não recebe a famosa palmadinha no bumbum (que é o que faz a criança chorar e abrir os pulmões), sendo que essa transição é feita de maneira suave, esperando o cordão umbilical parar de pulsar. A amamentação é precoce e o banho realizado junto com os pais.
Segundo alguns psicanalistas, esse tipo de parto reduz o trauma que significa para a criança a saída do útero. Estudos com crianças que nasceram por esse método mostram que essas são mais seguras, tornam-se autônomas mais cedo e são emocionalmente mais equilibradas.
Luanda Brandão, 33, tem dois filhos, Maria Fernanda, de 13 anos, e João Guilherme, de 7 meses. Em sua primeira gravidez, tinha apenas 19 anos e não se sentiu tão bem orientada, apesar de te feito o pré-natal como manda o figurino. Do parto, ela só lembra de alguns flashes. Mostraram a bebê para ela e as duas só se encontraram de novo no quarto do hospital. “Foi impossível me doar para aquele momento”, lamenta. Quando engravidou de João, decidiu que faria diferente. Queria se sentir em casa e assim o fez. Teve um parto domiciliar com o acompanhamento de uma obstetra, uma enfermeira e uma doula. “Ele saiu de mim, ficou 15 minutos no meu colo e já começou a mamar. Com a Fernanda, infelizmente, eu demorei cinco dias até ter leite e só consegui dar banho nela sozinha depois de três meses”, compara as experiências.
“Durante quase 40 semanas, nós tomamos todo cuidado para não ingerir certos medicamentos. De repente, eu e meu bebê somos dopados”, reclama. Para ela, assim como demorou mais tempo para que conseguisse amamentar e dar banho na filha, a criação dos laços afetivos também demoram a ser criados. E, se a mãe não estiver muito bem emocionalmente, isso pode ser um problema mais sério. “Minha filha é muito sociável, ótima, mas pode ter traços na personalidade dela que não sei indicar, mas que são fruto de como ela foi tratada no nascimento”, admite. A psicóloga Nadja Rodrigues acredita que há traumas que podem paralisar e causar uma ruptura na relação e outros que são estruturantes, que empurram para frente e podem ser mais emocionantes ainda.

Pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz em associação com o Ministério da Saúde e coordenada pela pesquisadora Maria do Carmo Leal chocou por concluir, este ano, que no Brasil são feitas três vezes mais cirurgias cesáreas do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No estudo, foram entrevistadas 23.894 mulheres atendidas em maternidades públicas, privadas ou conveniadas ao Sistema Único de Saúde, entre fevereiro de 2011 e outubro de 2012. E o pior: não haveria problemas de saúde que justificassem as cirurgias.

Na contramão dos partos medicalizados, surgiu a onda de mulheres como Luanda Brandão, que optam não apenas por ter seus bebês de forma natural, mas em casa. “A geração X acabou envolvida nos dois extremos do nascimento. Ao mesmo tempo que a medicina obstétrica se torna cada vez mais invasiva e tecnológica, pessoas procuram o oposto disso”, explica a canadense Sandy Morningstar, especialista em psicologia do nascimento e autora do livro Who is born? Exploring the birth patterns that shape our lives(Quem nasce? Explorando o nascimentos e os padrões que configuram nossa vida, em livre tradução). Para ela, há, de fato, diferenças entre aqueles que nascem de uma forma ou de outra. Os nascidos naturalmente seriam crianças com a autoestima elevada. Já os que vêm ao mundo por meio de cesárea seriam dependentes, ansiosos e que carregam no subconsciente raiva sobre o mau trato recebido na hora do parto.

Carla Machado, da Anep — Brasil, exemplifica: “Se pensarmos que nosso primeiro habitat é o útero e o segundo é o colo da mãe, se ele se sentir respeitado nesses dois ambientes, vai saber respeitar o terceiro, que é o mundo. Não será uma pessoa com o impulso de poluir o planeta, ela vai retribuir aquele respeito”. Carla compara a reação das mulheres que querem partos domiciliares com o movimento de um pêndulo: se ele vai muito para um lado, volta na direção oposta com o mesmo extremismo. “A escolha tem que vir da mulher e não do status quo médico”, opina.

Estudos apontam que seria mais difícil para mãe e bebê criarem laços afetivos depois de cesáreas. Pesquisa de 2010, da Universidade de Yale, afirma que as diferenças nos hormônios gerados no nascimento podem ser a peça-chave para explicar o fenômeno. As contrações, principal característica do nascimento natural, provocam a liberação da ocitocina, um hormônio que os cientistas acreditam que desempenha um papel fundamental no comportamento das mães.

Tomografias dos cérebros de 12 mães realizadas poucas semanas depois de elas darem à luz mostraram mais atividade em áreas ligadas à motivação e emoções nas que escolheram o método natural de nascimento. O estudo mostrou que, além das diferenças de atividade em áreas do cérebro responsáveis pela resposta aos filhos, a região do cérebro que regula o humor também foi afetada de forma diferente. Por isso, os cientistas acreditam que o parto por cesariana poderia também aumentar o risco de depressão pós-parto. “Nossos resultados apoiam a teoria de que as variações de condições de parto, como as que ocorrem na cesariana, que alteram experiências neuro-hormonais no nascimento, podem diminuir a resposta do cérebro da mãe no começo do período pós-parto”, afirma o estudo que a ajuda a decifrar reações químicas que envolvem a ligação afetiva entre mães e filhos, liderado por James Swain.

Não há, no entanto, estudos de longo prazo que comprovem que mães que deram à luz por cesariana tenham problemas de relação com o filho no longo prazo.

O parto vivenciado pela biomédica Gizah Pereira, 32 anos, foi um misto de como ela sonhava e de como poderia ser. Ficou satisfeita com o nascimento do filho David, 6 anos. Na época, a legislação brasileira não permitia partos domiciliares, como ela queria, e o uso da banheira também precisou ser descartado, já que a duração do trabalho de parto foi de 20 horas, então, o risco de infecção era maior. Gizah colocou na cabeça: “Enquanto só eu estiver sofrendo, não importa por quanto tempo, está tudo bem, eu aguento. Eu só não queria que ele nascesse de um jeito traumático”. David nasceu saudável e naturalmente.

Embora a Organização Mundial das Associações para Educação Pré-Natal (Omaep), organização que congrega 22 associações nacionais, inclusive a Anep — Brasil, diga em seu site que um ser concebido, gestado e nascido em violência é mais propenso a ser violento do que aquele que recebeu o devido cuidado, desde a concepção, partos “dos sonhos”, como o de Gizah e Luanda, estão fora da realidade da maioria das pessoas. Além do desinteresse da maioria dos médicos, os poucos que realizam esse tipo de parto cobram cerca de R$ 10 mil e, na maioria das vezes, não atendem plano de saúde algum. Se “para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer”, como preconiza Michel Odent, médico francês símbolo do parto natural no mundo, o Brasil parece estar longe de mudar.


"Durante quase 40 semanas, nós tomamos todo cuidado para não ingerir certos medicamentos. De repente, eu e meu bebê somos dopados” - Luanda Brandão

Para ler
O renascimento do parto, de Michel Odent
A vida secreta da criança antes de nascer, de Thomas Verny e John Kelly
Psicologia do feto e do bebê, de Eduardo Sá



PARTO NORMAL OU PARTO CESÁRIA?: CONHEÇA MITOS, RISCOS E BENEFÍCIOS
Cientistas de 25 países resolveram estudar o impacto da realização de cesarianas em grávidas de gêmeos. O esforço internacional foi motivado pelo aumento do número de cirurgias agendadas nestes casos em todo o mundo devido à crença de que há um risco maior para a mãe e os bebês quando o nascimento ocorre por parto normal. Só nos Estados Unidos, o índice saltou 50% entre 1995 e 2008, para 75% dos partos de gêmeos.
O estudo analisou 2,8 mil partos ao longo de oito anos e seu resultado - publicado no fim do ano passado - vai contra o imaginário coletivo. 'A cesárea planejada não reduz o risco de morte em gravidez de gêmeos', diz o obstetra Renato Sá, vice-presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro (Segorj), que participou da pesquisa. 'Provou-se que era mito.'
Não se trata do único falso motivo apontado como indicação de cesárea em consultórios Brasil afora. Obstetras ouvidos pela BBC Brasil relatam casos em que mulheres fizeram cesáreas desnecessárias porque 'o bebê é grande ou pequeno demais', 'a mãe tem bacia estreita' ou 'o bebê virou de posição durante o parto'.
Uma dos mitos mais frequentes na indicação de cesariana é o bebê estar com o cordão umbilical enrolado no pescoço. 'O cordão é como um fio de telefone: para enforcar a criança, seria necessário muito esforço', diz Sá. 'De qualquer forma, quando ela desce pelo canal vaginal, o cordão vai se desenrolando.'
Na verdade, são poucas as situações que podem ser solucionadas apenas pela cesariana, segundo os médicos consultados para esta reportagem. Uma delas é quando a placenta se desloca e bloqueia a saída do bebê, fenômeno conhecido como placenta prévia total. A força feita pela criança ao tentar nascer pode causar uma hemorragia grave e o óbito da mãe e do filho.
Outro caso é a hipertensão desenvolvida pela mulher durante gestação, a eclampsia. 'Se a mãe é diabética grave, também é preciso fazer cesárea', afirma Etevino Trindade, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Quando a gestante tem um problema de coração grave, a cirurgia deve ser feita.
Ainda estão nessa categoria grávidas portadoras do vírus HIV que tenham uma carga viral alta e imunidade baixa ou com uma lesão de herpes genital ativa no fim da gestação (a cesárea evita o contágio do bebê) e o descolamento prematuro da placenta, que gera risco de sangramento excessivo.
Na maioria dos casos, a situação específica deve ser avaliada. 'Uma cesárea também traz riscos, apesar de serem menores do que no passado', diz o obstetra Pedro Octávio Britto Pereira, professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). 'É preciso saber qual é a forma de parto mais segura e optar por ela.'
Riscos
Não se pode negar que a cesariana é um recurso valioso para salvar vidas e deve ser usada num quadro crítico. Pode ser o caso, por exemplo, de quando o cordão umbilical sai antes do bebê, durante o parto, fenômeno conhecido como prolapso. Isso corta o fluxo de sangue para a criança. A situação deve ser resolvida em minutos, caso contrário o bebê morre.

No entanto, a cesárea é em geral mais arriscada e pode trazer prejuízos para a mãe e o bebê. O estudo 'Morte materna no século 21', publicado em 2008 no periódico American Journal of Obstetrics and Ginecology, analisou 1,46 milhão de partos e encontrou um risco de óbito dez vezes maior para a gestante em cesarianas. Enquanto a taxa de morte em partos normais foi de 0,2 para 100 mil, no caso das cesáreas chegou a 2,2 por 100 mil.
Deve-se levar em conta que, em parte dessas cesáreas, a situação já era emergencial e mais arriscada. Mas o aumento do agendamento deste tipo de parto torna o índice preocupante. A cesárea é uma cirurgia e pode gerar hemorragia, infecções e danos a órgãos internos da gestante, sem que fosse necessário assumir o risco de ter estas complicações.
O maior número de cesáreas agendadas também coincide com o aumento de bebês prematuros, já que a idade gestacional não pode ser calculada com exatidão. Isso faz com que nascimentos ocorram muito antes do recomendado, algo associado a problemas respiratórios no bebê.
O parto normal traz benefícios para o bebê e a mãe. Durante o parto, a mãe produz os hormônios oxitocina, que estudos indicam ser capaz de proteger o recém-nascido de danos no cérebro e ajudar no amadurecimento cerebral, e prolactina, que favorece a amamentação. 'O parto normal é um processo fisiológico normal. Não há por que transformar isso num procedimento cirúrgico sem necessidade', afirma Sá, do Segorj.
Uma situação em que a cesárea costuma ser pré-agendada no Brasil é quando o bebê está 'sentado' na barriga da mãe. Isso gera o risco da sua cabeça ficar presa na pélvis da mãe. Mas a cesárea não é a única saída. O médico pode tentar, durante a gestação, colocar manualmente o bebê de ponta cabeça, posição mais indicada para o nascimento, por meio de uma manobra conhecida como versão externa.
Ter feito duas cesáreas anteriormente também não é indicação absoluta de necessidade de nova cesárea. Como o útero tem cicatrizes de operações anteriores, elas podem se romper durante o parto normal. 'Mas a literatura médica indica que a mulher tem o direito de tentar porque o risco absoluto é baixo, de menos de 1%', afirma o obstetra Jorge Kuhn. 'Se os pais acharem que ainda assim é um risco alto, é melhor nem tentar.'
Informação
Os obstetras ouvidos pela BBC Brasil são unânimes numa questão: a melhor forma da mãe tomar uma decisão é informar-se. É possível consultar os sites da Febrasgo e da Associação Médica Brasileira, órgãos que publicam diretrizes sobre partos normais e cesarianas. Os colégios de ginecologia e obstetrícia dos Estados Unidos, da Austrália, do Canadá e do Reino Unido servem de referência para profissionais de todo o mundo.

'Se a mulher não vai atrás de informação, ela dá ouvidos aos relatos de amigas e parentes. Muitas dessas mulheres fizeram cesáreas por razões que consideram justificáveis, mas que não são', afirma Kuhn. 'A mãe também pensa que o médico estudou muito para se formar e que não tem autoridade para questioná-lo. Mas é importante que ela saiba as indicações reais e seus direitos para ser a protagonista de seu parto, em vez de delegar isso ao obstetra.'
Caso a mulher opte pelo parto normal, é indicado que ela descreva num documento o plano de parto, como gostaria de ser tratada antes, durante e depois, deixando suas preferências claras para a equipe médica. São importantes dados como quem será o acompanhante, as intervenções médicas bem-vindas ou não e se quer dar de mamar logo depois do bebê nascer.
Assim, a mulher pode debater com o médico para que tudo fique esclarecido. O plano de parto não tem validade legal, como um contrato, mas aumenta as chances da mãe ter seu filho da forma como deseja. 'Não quer dizer que isso será obedecido, mas garante um questionamento jurídico se houver necessidade', explica a obstetriz Ana Cristina Duarte, uma das principais vozes do movimento de humanização do parto no país.
Se a mãe não tiver sua vontade respeitada ou sofrer algum tipo de violência no parto, ela deve exigir uma cópia de seu prontuário no hospital e denunciar o caso. É aconselhado escrever uma carta com os detalhes do ocorrido. 'Envie para a ouvidoria do hospital com cópia para a diretoria clínica, para a Secretaria Municipal de Saúde e para a Secretaria Estadual de Saúde', diz Duarte.
A obstetriz acrescenta que, se o parto ocorreu em uma maternidade particular, a diretoria do plano de saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também devem ser comunicadas. 'Se for um caso grave, procure a ajuda de um advogado', afirma Duarte
Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/5460/-1/tipos-de-parto.html; http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/08/22/noticia_saudeplena,149906/entenda-por-que-o-tipo-de-parto-influencia-o-futuro-dos-filhos.shtml; http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/04/normal-ou-cesarea-conheca-riscos-mitos-e-beneficios-de-cada-tipo-de-parto.html. Acesso em: 15/09/2015.
Vídeo disponível em: https://vimeo.com/90358933. Acesso em: 15/09/2015.

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