domingo, 10 de julho de 2016

ALFABETIZAÇÃO EM CASA?



Hoje me deparei com uma "chamada", um "link" que me deixou incomodada. Trata-se de uma apostila intitulada "As 5 etapas para alfabetizar seus filhos em casa: o guia definitivo". O material é disponibilizado em DOWNLOAD GRATUITO e se propõe a O trazer "a essência do método eficaz de alfabetização criado pelo prof. Carlos Nadalim, ao longo de cinco anos de pesquisas". Esse método é "repleto de exercícios divertidíssimos, que, além de ensinarem, aproximam pais e filhos". Por meio de um e-book, o material pretende auxiliar pais e mães em sua casa, na "pré-alfabetização de seus filhos". Diante disso, faço algumas afirmações:

- Está claro aqui uma desprofissionalização da docência.
- Faltou fazer uma diferenciação entre ensinar e ajudar com base naquilo que já foi ensinado (no dever de casa, por exemplo).
- Há aqui um consenso assustador que pressupõe que haja um melhor método para se alfabetizar.
- A visão aqui retratada remonta à Idade Média, em que os professores iam nas casas das crianças de famílias abastadas para lhes ensinar a ler e a escrever.
- É disponibilizada aqui uma visão simplista da alfabetização (como mera codificação e decodificação), algo que já se considera superado ou ao menos ultrapassado nas teorias sobre alfabetização.


Disponível em: http://www.comoeducarseusfilhos.com.br/ebook-5-etapas/. Acesso em: 10/07/2016.

Imagem disponível em: http://www.unicamp.br/iel/memoria/Ensaios/Marcia/marcia.htm. Acesso em: 10/07/2016.

terça-feira, 5 de julho de 2016

ENTREVISTA: PROFESSORA ELEVA TAXAS DE ALFABETIZAÇÃO COM NOVO MÉTODO



Por meio de método que enfatiza a oralidade e o diálogo, a pesquisadora Onaide Mendonça elevou as taxas de alfabetização de escolas municipais em Presidente Prudente


Marta Avancini
A combinação de princípios teóricos da linguística e da psicolinguística, tomando como ponto de partida as ideias e propostas de Paulo Freire, é o fundamento de um método de alfabetização desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente, pela professora e pesquisadora Onaide Schwartz Mendonça. A proposta, denominada de Método Sociolínguistico, foi adotada em escolas municipais de Presidente Prudente, com bons resultados: pesquisa realizada com 3,4 mil crianças do 1º e do 2º ano em 2011 e 2012 mostrou que, ao final de um ano letivo, 72,6% dos alunos estavam alfabetizados, proporção que sobe para 87,8% no 2º ano.
Em entrevista ao site de Educação, a pesquisadora conta como percebeu a possibilidade de fazer a junção de princípios teóricos e sua experiência em sala de aula, além de analisar a difusão do construtivismo no Brasil.

O método sociolinguístico resulta da combinação de sua experiência em sala de aula com seus estudos no mestrado e no doutorado. Como a senhora percebeu a possibilidade de fazer essa junção? 
Estar à frente de uma sala de alfabetização e não saber por onde começar é desastroso. Dá insegurança e pavor em função da responsabilidade que é ter um número significativo de crianças para ensinar a ler e escrever. Ao conhecer a filosofia de educação de Paulo Freire, bem como seu método de alfabetização e a importância que dá ao diálogo, vi uma oportunidade de trazer a realidade das crianças para a sala de aula e garantir o seu interesse pelo mundo da leitura e da escrita.


Quais foram os pontos de contato entre esses dois universos que deram origem ao método?
Paulo Freire oferece a possibilidade de desenvolver a oralidade e ainda dá conta de ensinar os conteúdos específicos de língua organizando o trabalho do alfabetizador. Assim, verifiquei que se por um lado o construtivismo olha para o indivíduo, por outro, Freire vê a importância da socialização e quer todos os alunos lendo e escrevendo com autonomia, e ainda, capazes de intervir criticamente no cotidiano e no mundo em geral.

Paralelamente, as descobertas construtivistas de Emília Ferreiro nos ajudaram a direcionar atividades adequadas às dificuldades de cada criança para intervir pontualmente a fim de que construam e avancem em seus níveis de aprendizagem.

O que chamou sua atenção na proposta de Paulo Freire e como foi a transposição dessa proposta para a alfabetização de crianças?
O diálogo me chamou muito a atenção, pois envolve as crianças no processo de ensino/aprendizagem dando segurança e liberdade para questionarem o professor, assim não ficam com dúvidas sobre os conteúdos e aprendem a argumentar.

A ficha de descoberta é algo mágico para as crianças porque, ao apresentar três famílias silábicas de uma só vez, amplia rapidamente o repertório de conhecimento delas, o que possibilita que aprendam rápido e com alegria, sentindo-se capazes de descobrir, ler e escrever sozinhas cuja conquista valorizam muito.
A transposição para a proposta de Freire para crianças é extremamente simples, pois é só adequar à faixa etária das crianças o nível de questionamento e os textos a serem trabalhados nas palavras geradoras.

A partir de sua experiência e pesquisas, como a senhora analisa a maneira como se deu a difusão do construtivismo no Brasil?
As pessoas envolvidas com a alfabetização precisam compreender que construtivismo não é método de ensino, mas teoria de aprendizagem. Entretanto, no Brasil, a psicogênese da língua escrita foi divulgada como metodologia. As contribuições dessa teoria podem auxiliar muito a alfabetização desde que utilizadas corretamente, mas não foi o que ocorreu.

As secretarias de educação tentaram estabelecer uma relação entre as descobertas teóricas (os períodos e níveis de escrita) de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky e a sala de aula, mas sob uma ótica equivocada. O problema é a ênfase no letramento, ou seja, os usos que se faz da leitura e da escrita, que, entretanto, as crianças ainda não dominam, em detrimento da alfabetização propriamente dita.
Algumas práticas que se tornaram difundidas acabam tendo o efeito contrário do esperado: ao invés dos alunos ganharem autonomia, o processo acaba ficando centralizado no professor porque os alunos ficam sem elementos para avançar.
Por exemplo, o ensino sistemático com a leitura do alfabeto foi banido, pois sugerem que seja recitado ou cantado. Ora, o alfabeto foi criado pela humanidade para ser “lido”. Para que a alfabetização ocorra de modo eficiente, a primeira providencia é o professor explicitar o que e quais são as letras do alfabeto, sua combinação na produção e leitura de sílabas, palavras e textos. Isso é o básico da alfabetização que foi excluído das propostas oficiais.
Os professores também foram orientados a ler histórias, parlendas, poesias para as crianças e, em seguida, elas recontam o texto que é reescrito pelo professor na lousa. Esse trabalho deve ser feito diariamente até que os alunos decorem a história e a cópia do texto, ou seja, a cartilha foi tão criticada por fazer a leitura mecânica das famílias silábicas e em pleno século XXI os professores têm feito crianças decorarem textos inteiros.
Ler textos para os alunos é indispensável, porém ficar questionando sobre o título, autoria, gênero textual sem fornecer as informações necessárias para que os alunos realmente aprendam a ler e escrever é um tremendo equívoco que resultará na produção de futuros analfabetos jovens e adultos.
Erro semelhante seria limitar o trabalho aos aspectos técnicos da língua e se esquecer de mostrar a função social da leitura e da escrita e os diferentes gêneros textuais. Defendemos que se deve trabalhar tanto a alfabetização como o letramento em sala de aula, pois um complementa o outro para a formação de leitores e escritores autônomos.
Esse cenário só será modificado no dia em que os administradores da educação enxergarem que alfabetização é ensino de língua materna. Para assegurar que o profissional saiba o que está fazendo é indispensável prática, experiência de sala de aula, porque a sala de aula é o diferencial em alfabetização. É nela que se vê o que funciona para solucionar problemas de aprendizagem e se aprende a elaborar as melhores estratégias de ensino que garantem a aprendizagem.
Um discurso frequente na educação é o de que a experiência dos professores deve ser respeitada e aproveitada, porém, muitas vezes, quando alguém que veio da sala de aula se pronuncia de forma contrária às orientações oficiais é desqualificado. Ninguém ensina o que não sabe.

Como vem sendo a aplicação do método sociolinguístico na rede pública de Presidente Prudente? 
Nem a secretaria de educação de Presidente Prudente nem os professores estavam contentes com os resultados da proposta que vinha sendo utilizada, por isso nos pediram ajuda.

Os professores sentiam necessidade de trabalhar a sílaba como estratégia que agiliza a aprendizagem das crianças, mas não queriam fazer um trabalho mecânico como o das cartilhas tradicionais. Apresentar as sílabas aos alunos acelera a alfabetização, mas como, em função das orientações oficiais, este trabalho não podia ser realizado, alguns professores o faziam escondido.
Assim, quando tomaram contato com nossa proposta metodológica e sugestões práticas de atividades, enxergaram a possibilidade de realizar um trabalho mais exitoso. Inicialmente, mais da metade dos professores da rede municipal de Presidente Prudente aderiram à proposta.
Uma das dificuldades da implantação da metodologia foi os professores entenderem e incorporarem o diálogo em sua prática. Alguns acham que conversar com as crianças é perda de tempo. Não percebem que o diálogo desenvolve o respeito mútuo, o aspecto cognitivo, valores, além de motivar para a aprendizagem. A maioria já reconheceu a importância e pratica o diálogo.

Disponível em: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/0/professora-eleva-taxas-de-alfabetizacao-com-novo-metodo-307638-1.asp. Acesso em: 05/07/2016.

Imagem disponível em: http://educaraovivo.com/metodos-de-alfabetizacao/Acesso em: 05/07/2016.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

 ALFABETIZADORA DE PAPEL

Iole Faviero Trindade



Os quadros-negros representam uma extensão da professora através de uma teia que se estende de parte do seu corpo a toda a altura desses quadriláteros. No primeiro deles, temos uma conta de somar ("2+2=4") escrita no centro do quadro. No segundo, temos as palavras "bola, babá, dedo [e] dado". A escrita - como atividade que envolve inicialmente o domínio perceptivo e fonético da ortografia e de seus padrões regulares de correspondência entre som e letra - é esperada do/a aluno/a em um determinado momento do processo de aquisição da língua escrita e está presente nessa aula e na representação das "expectativas" da personagem professora que, tendo outras especializações/alfabetismos, não poderia esperar por um aluno lento.

Seus colegas já liam
e escreviam e
Lilito ainda nem sabia
a diferença entre b e d!
Escrevia dola quando 
era bola e bebo
quando era dedo!
Dona Aranha não podia mais esperar, para não atrasar
a sala e Lilito foi ficando para trás... para trás...
Demorava para ler, deborava [sic] para
copiar, demorava para entender!

A desejada homogeneização da turma que acompanha o uso desses "antigos" métodos de alfabetização desobriga a alfabetizadora de atender aos/às alunos/as com competências diversas das esperadas em um período específico do ano letivo. A personagem professora, "desesperada", consegue, por fim, mandar o caracol para uma outra sala de lesmas e tartarugas: "a sala dos pamonhas".

Disponível em: SILVEIRA, Rosa Maria Hessel. Professoras que as histórias nos contam. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

terça-feira, 21 de junho de 2016

UMA CRIANÇA "LEITORANDO" 
 

 
 Alguns neologismos criados:
"leitora"
"Leitorando"
"leitorar"

Uma criança que "leitora" quer entender aquilo, para muitos de nós, é óbvio: como as letras se juntam umas às outras e formam palavras (as coisas que elas veem, conhecem, falam o tempo todo, mas que ainda não entendem o funcionamento. "Leitorar" pode ser entendido como um exercício de tentar entender (ler/entender esse mundo). Quando uma criança está "leitorando", ela quer saber como alguns traços, símbolos e imagens se diferenciam de outros. Ela busca saber se eles são infinitos, se têm características comuns. A criança está "leitorando" quando quer compreender por que alguns desses traços, sinais ou símbolos (as letras, as sílabas, as palavras, as imagens, os textos) aparecem muitas vezes e outros raramente na nossa cultura. Quando está atenta ao "leitorar", a criança começa a ver tudo isso por todos os lugares onde passa (nas ruas, nas padarias, nos supermercados, nas lojas, nos bilhetes, em sacos de pão, na internet, etc). A criança "leitorando" também se interessa muito pelos livros. Com eles, vê coisas, imagina outras, modifica o seu mundo. Com eles, vê coisas, modifica o seu mundo. "Leitorando", a criança também estará em permanente mudança, instigada a sempre ver mais, de novo e o novo.

Gabriela Silveira Meireles

Imagem disponível em: http://www.moodle.ufba.br/course/view.php?id=12182. Acesso em: 21/06/2016.

domingo, 19 de junho de 2016

COMO FALAR DE DOENÇA COM AS CRIANÇAS?
  http://previews.123rf.com/images/tawesit/tawesit1409/tawesit140900124/32161318-Nurse-vaccinate-child-cartoon-character-Stock-Photo.jpg 


A doença ou o adoecimento é algo que realmente faz parte da vida". É com a doença que e aprendemos a ver que não somos onipotentes ou insubstituíveis. É com a doença que o corpo se cansa e faz co que pensemos mais sobre a nossa vida. é com a doença que temos de deixar o nosso orgulho de lado e reconhecer que precisamos da ajuda das pessoas (às vezes para as coisas mais simples, como tomar banho, comer e falar). A doença faz com que, algumas vezes, sejamos mais humildes e mais solidários, passando a observar mais as dificuldades e necessidades do outro. Por tudo isso, a doença não é algo ruim (um castigo), como muitos pensam. Elas em geral, nos fazem refletir e, por isso, nos torna pessoas melhores. Algumas vezes elas também fazem com que valorizemos as pessoas que estão ao nosso redor (aquelas que nos amam de verdade e que torcem a cada minuto para que fiquemos bem de novo!). Essas pessoas podem ser amigos, conhecidos, colegas de trabalho, etc, mas geralmente são as pessoas da nossa família (aquelas a quem a gente raramente dá valor merecido). Tá aí uma ótima oportunidade para reparar esses laços, dizer que as ama, agradecer a todo carinho que depositaram por um dia,  uma semana, um mês, um ano, uma vida inteira! Em geral, a doença é algo passageiro, mas há pessoas que lutam a vida toda com a mesma doença e ainda outras decorrentes dela. Por isso, falar de doença com crianças é, antes de tudo, ensinar-lhes o que pode aprender com aquela doença. É dar-lhes oportunidades de fazer coisas que não faria se não estivesse quietinho na cama, de conversas com diferentes pessoas que querem lhe ajudar (no hospital, por exemplo, os médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e até mesmo as visitas que receber). Adoecer é, assim, uma oportunidade de estar cercado/a de pessoas queridas e de aprender com elas!

TODA A ENFERMIDADE DO CORPO É PROCESSO EDUCATIVO PARA A ALMA (Pelo espírito Neio Lucio)


A DOENÇA NA VISÃO ESPÍRITA:


Nossa postura diante dos desequilíbrios da saúde mostra nossa evolução espiritual. A visão materialista da vida, que se impõe em seus conceitos em todas as áreas da atividade humana, afirma que depois da morte do corpo não há nada a se esperar; que a vida física nada mais é que um resultado de forças que se conjugam adequadamente; que o objetivo da vida é ser feliz a qualquer custo, não medindo conseqüências para alcançar tal finalidade.
Essa forma de considerar a vida no planeta é responsável por um grande número de desesperados diante da dor física, seja ela passageira ou de natureza crônica. Para muitas, a doença é um castigo de Deus, não encontrando nela nenhum objetivo elevado.
É comum encontrarmos pessoas que se sentem aterrorizadas diante de algumas doenças. Se algum conhecido padece desse mal, assim se referem ao fato: - “Fulano está com ‘aquela’ doença.” Nem sequer pronunciam o nome da doença, com medo de se contagiarem.
Encontramos pessoas que se tomarem conhecimento da doença grave de que são portadoras, entram em desespero, complicando seu tratamento e a vida de quem cuida delas.
Há doentes que se apegam à doença que possuem. Parece antagônico mas, embora digam que se sentem amargurados por estarem doentes, no fundo apegam-se a ela com todas as suas forças. Contam, com detalhes, tudo o que sentem, cada medicamento que tomam, as sensações que eles produzem, o que o médico disse, etc, etc.. Não encontram outro assunto para conversar e geralmente dominam a conversa falando somente sobre a doença e sobre si mesmos...
Há aqueles que adoram ir ao médico, seja de que especialidade for. Perambulam de consultório em consultório, tentando encontrar um desajuste orgânico qualquer, para que possam ocupar o tempo disponível que têm.
Todas essas formas desequilibradas de se encarar os desajustes orgânicos mostram que, além do problema físico, há também um desajuste psicológico.
No entanto, encontramos igualmente inúmeros casos de pessoas que sabem encarar, de maneira positiva, a enfermidade ou as limitações físicas de que são portadoras, distribuindo lições de encorajamento, de paciência e de alegria com a vida! 
O Espiritismo nos dá uma visão muito mais avançada e justa na questão das doenças. Ensinam os Benfeitores Espirituais que o desequilíbrio físico, seja ele passageiro ou não, representa um recurso utilizado pela Justiça Divina para disciplinar nosso Espírito, ainda rebelde e indisciplinado perante os desígnios de Deus.
Com a Doutrina Espírita aprendemos que cada célula do nosso corpo físico está “conectada” à uma célula em nosso corpo espiritual. Assim, quando lesamos nosso corpo físico, geralmente pelos excessos de todo tipo, estaremos, na verdade, lesando nosso corpo espiritual. Da mesma forma, se causamos qualquer tipo de desgaste orgânico em alguém, seja através do trabalho forçado ou de castigos físicos, assumimos um compromisso gravíssimo, vindo a padecer, em vidas futuras, o mesmo mal que causamos à saúde desses nossos irmãos.
Comprometidos negativamente com os prejuízos causados em nosso corpo físico, ou sobre a saúde dos outros, ao reencarnarmos, trazemos esses desajustes inerentes ao nosso corpo espiritual, que, no momento propício irão se manifestar. Seja qual for a causa do desajuste da saúde, ela está sempre ligada à nossa necessidade de correção, auxiliando nosso progresso espiritual.
A visão espírita da vida, do sofrimento e da dor nos confere grande calma e paciência, resignação e coragem diante das preocupações causadas pelas enfermidades, sejam nossas ou naqueles a quem amamos.
Especialmente na questão da saúde, citamos aqui um trecho de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no capítulo 8, item 20. Trata-se de uma mensagem do Espírito de João Maria Batista Vianney (França, 1786-1859), o digníssimo Cura de Ars (vilarejo no Sul da França). Esse missionário era procurado por inúmeras pessoas que o buscavam para obterem a cura de seus males e, pelo seu imenso amor aos sofredores, muitas foram alcançadas pelo seu intermédio. Mas, nessa mensagem ele assim se refere à questão da saúde física e espiritual:
“Nas vossas aflições voltai sempre os vossos olhos para o céu, e dizei, do fundo do vosso coração: ‘Meu Pai, curai-me, mas fazei que minha alma doente seja curada antes das enfermidades do corpo; que minha carne se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criastes’. Após esta prece, meus bons amigos, que o  Bom Deus sempre ouvirá, a força e a coragem vos serão dadas, e talvez também a cura que temerosamente pedistes, como recompensa de vossa abnegação.”

Parte do texto disponível em: http://geak2002.blogspot.com.br/2011/11/doencas-e-doentes.html. Acesso em: 19/06/2016.

Imagens disponíveis em: https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fwww.jogosparamenina.net%2F_arquivos%2Fjogosonline%2Fimgs%2Fbob-esponja-doente-no-hospital_f0ec388c594668c54805e93d871eade0.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.jogosparamenina.net%2Fjogo%2Fbob-esponja-doente-no-hospital%2F&docid=zIEgFBiGdPKB4M&tbnid=69UFPw6z2-06tM%3A&w=298&h=255&client=firefox-b-ab&bih=641&biw=1280&ved=0ahUKEwiXoovLqrTNAhWDW5AKHdb-Bh8QMwhUKDAwMA&iact=mrc&uact=8; http://celuiza.blogspot.com.br/2013/05/o-espiritismo-e-as-doencas.html. Acesso em: 19/06/2016

domingo, 29 de maio de 2016

ALFABE...PIRAR!




Alfabetizar parece ser o desejo de toda criança, de todo pai e toda mãe, de toda professora. Conhecer o alfabeto parece ser o primeiro grande desafio dessa jornada. Juntar as sílabas, algumas vezes, se torna o segundo desafio. Daí por diante, formar palavras simples se torna possível para algumas crianças e mais difícil para outras. É nessas horas que algumas crianças resolvem "retirar-se discretamente, cair fora, dar o pira". E então se instala uma fuga desse aprender - o aprender do alfabeto - que surge como um "evadir-se", um "safar-se". Alfabetizar-se torna-se, assim, uma tarefa enfadonha, cheia de obstáculos, de dificuldades. Mas eis que um dia essa criança descobre que "dar o pira" ou o "pirar" pode ser uma forma de aprender. É quando essa criança resolve dar um "pira" no alfabeto, passando a ver as letras de outro modo, fazendo-as parecer com coisas que já conhece para depois fazê-las dançar juntas ou separadas. Nessa descoberta alegre, as letras mais conhecidas dela passam a se abraçar, a se mexer, até formar alguns sons mais agradáveis, mais audíveis, menos confusos. Alfabetizar deixa de ser uma tarefa e passa a ser uma invenção! Invenção que não tem ordem nem lugar, que não é ensinada e sim aprendida. Uma invenção que permite "pirar" para criar, "pirar" para fazer o alfabeto se movimentar e os encontros das letras alegrar! Quando isso ocorre com essa criança, ela percebe que agora pode se "ALFABE...PIRAR", ou seja, criar um jeito novo e muito próprio de aprender o alfabeto. Assim, ela "pira" a ordem estável das coisas, "pira" seu modo de aprender, "pira" para criar um outro caminho de formar palavras. Ela "pira" as próprias palavras, criando outras e sempre outras, à sua maneira.

Disponível em: https://www.google.com.br/#q=pirarhttp://cantinhodaprofally.blogspot.com.br/2013/01/jogos-para-alfabetizar.html. Acesso em: 29/05/2016.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

LIVROS INFANTIS FEMINISTAS


Não tem como negar que as histórias que ouvimos quando crianças têm efeito sobre nós – até hoje lembro das noites lendo as Fábulas de Esopo ou 1001 noites, e eu já escrevi aqui no site como estudos indicam que ler Harry Potter na infância pode ter tido efeito sobre uma geração inteira.
Por isso essa lista – 10 livros para meninos e meninas que saiam dos estereótipos, com histórias que acostumem as crianças desde cedo com um mundo mais diverso. Os livros foram retirados principalmente da lista do Geledés, do Não Pule a Janela e da ISTOÉ!  Vamos lá!

Tudo Bem Ser Diferente de Todd Parr
Resumo: ‘Tudo bem ser diferente’ trabalha com as diferenças de cada um de maneira divertida, simples e completa, alcançado o universo infantil e trabalhando com assuntos que deixam os adultos de cabelos em pé, como adoção, separação de pais, deficiências físicas, preconceitos raciais.Faixa etária: de 05 a 08 anos.

Menina Bonita Do Laço de Fita de Ana Maria Machado
Resumo: “Menina Bonita do Laço de Fita” traz uma linda história, onde um coelho branquinho queria casar-se e ter uma filha “bem pretinha”. Durante a obra, o coelho tenta descobrir o segredo para conquistar o seu tão sonhado desejo. Leia o livro e acompanhe a busca do coelhinho! Faixa etária:  de 6 até 7 anos.

Até As Princesas Soltam Pum
Resumo: O pai de Laura pegou o livro secreto das princesas e contou para a filha algo que ninguém sabia… Descubram esse segredo e não contem pra ninguém. Faixa etária:  de 3 até 12 anos.

Por Que Só As Princesas Se Dão Bem? de Thalita Rebouças
Resumo: O livro é um conto de fada às avessas que vai conquistar as leitoras mirins. Com o estilo bem-humorado que é sua marca registrada, a autora desconstrói o fascínio das meninas pelo universo das princesas ao contar a história de Bia, uma menina apaixonada por esse mundo encantando, até o dia em que ela entra numa história e descobre que vida de princesa pode ser muito chata e solitária. Faixa etária: acima de 7 anos.

Eugênia E Os Robôs de Janaina Takitaka
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Resumo: Eugênia é uma menina de 11 anos apaixonada por mecânica e elétrica e capaz de consertar qualquer aparelho eletrônico. Seu quarto, repleto de fios e outras traquitanas, parece mais um cenário de filme de ficção científica do que o mundinho cor-de-rosa de uma pré-adolescente! Cansada de tentar entender os seres humanos, que ela considera muito complicados, mas sentindo-se sozinha, Eugênia decide criar seus próprios amigos – companheiros, leais e… devidamente programados por ela. Mas será que esses seres previsíveis conseguirão substituir os amigos de carne e osso de quem Eugênia tanto sente falta, com suas atitudes e pensamentos por vezes indecifráveis? Faixa etária: é considerado literatura infanto-juvenil, então para crianças um pouco mais velhas.

O Menino De Vestido de David Walliams
Resumo: A vida de Dennis não é nenhum mar de rosas – ele foi abandonado pela mãe, não se entende com o irmão, o pai está deprimido e, para piorar, há uma regra em casa que proíbe abraços. Só duas coisas o fazem feliz – jogar futebol e olhar vestidos bonitos. Ele é o atacante do time do colégio e adora a revista Vogue. Durante uma detenção, Dennis conhece Lisa, a menina mais bonita da escola e que também se interessa por moda. Os dois se tornam amigos e passam a se encontrar na casa dela. Até que um dia ela o convence a pôr um vestido e ir à aula fingindo ser uma aluna de intercâmbio. É nesse momento que a vida chata e comum de Dennis se transforma em algo extraordinário. Faixa etária: é considerado literatura infanto-juvenil, então para crianças um pouco mais velhas.

A Princesa Sabichona de Babette Cole
Resumo: Um dia a Princesa Sabichona recebeu uma ordem de sua mãe: – Trate de arranjar um marido! Acontece que a menina era cheia de vontades e só queria fazer o que bem entendesse. Tanto fez que acabou ficando sozinha… para a felicidade de todos, dela e de seus pretendentes.Faixa etária: de 05 a 08 anos.

A Princesa e A Ervilha de Rachel Isadora
Resumo: Durante dez anos a escritora e ilustradora Rachel Isadora percorreu vários países da África para se inspirar e adaptar a clássica história de Hans Christian Andersen, A Princesa e a Ervilha. As primorosas ilustrações levam os leitores a um universo africano mágico em que uma ervilha muda os destinos. Descubra como isso é possível lendo o livro. Faixa etária: 3 a 5 anos.

Meninas Negras de Madu Costa
Resumo: Griot é o contador de histórias africano que passa a tradição dos antepassados de geração em geração. O objetivo dessa coleção é trabalhar a identidade afrodescendente na imaginação infantil. E é justamente à imaginação que esses livros falam a partir de uma composição sensível, de textos curtos e poéticos, associados a belas ilustrações. Modo lúdico de reforçar a autoestima da criança a partir da valorização de seus antepassados, de sua cultura e de sua cor. Faixa etária: 3 a 5 anos.

Uma Chapeuzinho Vermelho de Marjolaine Leray
Resumo: Qual a criança que não vive a sensação de medo através da figura do famoso Lobo Mau? Ele é grande, forte, feroz e ruim até o último pelo. Aqui neste livro, ele continua sendo tudo isso, com a diferença de que a Chapeuzinho, além de muito esperta, não tem nenhuma compaixão pela fera. Uma coisa é certa, o final é surpreendente! Faixa etária: 3 a 5 anos.

Príncipe Cinderelo de Babette Cole
Resumo: Coitado do Príncipe Cinderelo… estava sempre limpando, esfregando e cuidando dos seus três irmãos enormes e peludos (que também eram muito fanfarrões). Um sábado à noite, uma fada muito sujinha caiu pela chaminé e prometeu realizar todos os desejos do Príncipe… Faixa etária: 8 a 11 anos.

A princesa que queria ser rei de Sara Monteiro
Resumo: Desde criança que o seu maior desejo era herdar o trono e governar. Mas o rei e as leis diziam que apenas um homem o podia ocupar. Esta é a história da luta da princesa para provar que é tão boa como qualquer homem. E mesmo melhor. Faixa etária: 5 a 10 anos.

Disponível em: http://naoaguentoquando.com.br/referencias/10-livros-feministas-para-criancas/; http://cristinasaliteraturainfantilejuvenil.blogspot.com.br/2012/05/tudo-bem-ser-diferente-de-todd-parr.html; http://aprendizagemafetiva.blogspot.com.br/2012/11/atividades-do-projeto-menina-bonita-do.html; http://pt.slideshare.net/mariaelidias/at-as-princesas-soltam-pum-17712329; http://www.rocco.com.br/livro/?cod=2399; http://www.americanas.com.br/produto/119485754/livro-o-menino-de-vestido; http://www.estantevirtual.com.br/b/babette-cole/a-princesa-sabichona/754257761; http://www.coisas.com/Contos-de-Sempre-A-Princesa-e-a-Ervilha-10-1990,name,217560265,auction_id,auction_details; http://www.buscape.com.br/meninas-negras-col-griot-mirim-madu-costa-8571605181; http://www.revistaemilia.com.br/mostra.php?id=300; http://www.livrariacultura.com.br/p/principe-cinderelo-389475; http://www.fnac.pt/A-Princesa-Que-Queria-Ser-Rei/a101432; https://livrodeinfancia.com/2015/03/17/eugenia-e-os-robos-e-uma-historia-meio-nerd-que-fala-sobre-humanos/; http://prolivro.org.br/home/newsletter/noticias/3984-12-de-outubro-dia-das-criancas-e-dia-nacional-da-leitura-4645. Acesso em: 20/05/2016.