sábado, 18 de outubro de 2014

LEITURA NA TELA 


A leitura na tela vem cada vez mais ganhando espaço nas práticas cotidianas, tendo em vista o uso crescente que temos feito dos computadores, tablets, notebooks, smartphones, etc. Como aponta Silva (2010, p. 177), o uso dessas ferramentas possibilita e "a comunicação e a interação entre várias pessoas, simultaneamente, através dos e-mails e salas de bate-bapo, possibilitando um deslocamento na temporalidade dos processos de produção e consumo dos textos". O fato é que precisamos reconhecer que o que muda, muitas vezes, ao se mudar uma "ferramenta" ou "suporte" de leitura é a relação que iremos estabelecer com esse texto. Conforme aponta Marcuschi apud Gonçalves (2010, p. 30), "o suporte não muda o conteúdo, mas nossa relação com ele, não só por permitir anotações, mas por manter um contato diferenciado com ele". Nesse sentido, precisamos refletir sobre alguns pontos, destacamos pela professora Rejane Dania (2014) como importantes para a "leitura na tela". Como ela aponta, uma característica do próprio "suporte" já pode ser um elemento distrator, no sentido de aumentar a capacidade do leitor perder o foco, entrando em um “emaranhado de links” que o fazem esquecer-se do texto que começou a ler. Outro problema pode ser conseguir concluir a leitura até o fim ou partir para outros textos relacionados, dependendo da capacidade de concentração e dos objetivos de quem lê. Para Rejane, também não podemos generalizar o/a leitor/a, porque a capacidade de leitura depende de uma série de variáveis, dentre elas a experiência de leitura, a diversidade de gêneros textuais que o/a leitor/a conhece, até a quantidade de suportes com os quais está familiarizado. Em relação às crianças que, desde muito cedo têm vivências no mundo digital e se apresentam mais curiosas, isso faz com que elas consigam ter um bom desempenho de leitura tanto no papel quanto na leitura em tela. É importante lembrar que, na alfabetização escolar, a aprendizagem da leitura se dá, principalmente, através do quadro negro ou da lousa na sala de aula, além da escrita e da leitura em papel impresso.

REFERÊNCIAS:

GONÇALVES, Lila Aparecida Costa. A leitura e as novas formas de ler: um breve histórico. Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades. Número XXXIV, 2010, p. 25-32.

SILVA, Luciane Teixeira da. Ler no papel, ler na tela, ler o mundo. Artefactum. Revista de Estudos em Linguagem e Tecnologia. Ano III - nº 2, Junho, 2010.

REPORTAGEM: Leitura no papel ou na tela: a diferença está em quem lê. 25 de maio de 2014. Sessão de educação. Disponível em: http://noticias.terra.com.br/educacao/leitura-no-papel-ou-na-tela-a-diferenca-esta-em-quem-le,d5a1ea640bb26410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html. Acesso em: 18/10/2014.

Imagem disponível em: http://financasfemininas.com.br/criancas-e-tablets-como-equilibrar-o-uso/. Acesso em: 18/10/2014.

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