domingo, 7 de setembro de 2014

BAÚ DA ALFABETIZAÇÃO



Na Antiguidade, o processo de alfabetização envolvia a representação gráfica do mundo através dos desenhos, da palavra e da escrita. Na escrita primitiva, o sistema de contagem era feito com marcas de cajados e/ou ossos, com o objetivo de representar os símbolos. A invenção das regras de alfabetização permitiu ao leitor: decifrar o que está escrito e saber como funciona o sistema de escrita, de modo a utilizá-lo corretamente. Na Antiguidade, o aprendizado da leitura era feito a partir da cópia, memorizando (decorando) o que foi "lido". Aprender a ler era para lidar com o comércio e até mesmo ler obras religiosas e obter informações culturais da época. Ler era decifrar a escrita a partir da linguagem oral. O princípio Acrofônico propunha a representação do som inicial da letra. A = alfa/ B = beta. Utilizado para simplificar o número de letras, trazia de forma óbvia, como se devia proceder para ler e escrever. A alfabetização consistia em decorar a lista dos nomes das letras (alfa, beta...). Os Gregos resolveram escrever não apenas as consoantes, mas também as vogais, mantendo assim o princípio Acrofônico. Inventaram o primeiro método de ensino de leitura, o método da soletração. A escrita silábica seria o uso somente das sílabas. A escrita alfabética seria o uso das consoantes + vogais. A ortografia fixa a forma da escrita das palavras, evitando que dialetos diferentes escrevam as mesmas palavras de maneiras diferentes. As letras eram identificadas, assim, pelo seu próprio som inicial. A = alfa/ B =  beta. Na Idade Média, as atividades escolares consistiam em: ler, escrever, esporte, arte, preparação para a guerra, escola religiosa, etc. Ensinava-se: o valor fonético das letras do alfabeto; a forma ortográfica das palavras; a interpretação gráfica das letras e suas variações: maiúsculas e minúsculas; aprendizagem de leitura - árdua e demorada, através do método de soletração ,que empregava o nome e não o som das letras. O aparecimento da Cartilha foi durante o Renascimento (século XV e XVI) com o uso da imprensa na Europa. As primeiras obras sobre alfabetização surgiram no século XV e XVIII. No Brasil, as Escolas Normais surgiram no final do Império. O ensino na escola pública surgiu na primeira metade deste século. Se analisarmos a alfabetização hoje, veremos que nossa prática escolar ainda se apóia na cartilha tradicional. O alfabeto costuma focar a relação entre letras e sons, os diferentes sistemas de escrita e a ortografia. Em relação ao método, sabe-se que o melhor método de trabalho é a experiência do professor em sala de aula: organizar suas atividades, o que vai lecionar, quando e como. O processo de alfabetização não deverá ter tempo pré-estabelecido, pois cabe ao aluno o tempo necessário para se alfabetizar. Do professor, deve-se cobrar competência e responsabilidade e não métodos ou adesão ao modismo acadêmico. A alfabetização se dá quando o aluno descobre como o processo da escrita funciona, isto é, quando aprende a ler (segredo da alfabetização), a decifrar a escrita. A escrita não é só uma tarefa escolar ou individual, mas precisa estar engajada nos usos sociais que envolvem uma cultura.

Disponível em: https://www.google.com.br/#q=hist%C3%B3ria+da+alfabetiza%C3%A7%C3%A3o+power+point. Acesso em: 07/09/2014.

















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